Transcribe your podcast
[00:00:00]

30. Salve, Castro. Esse cara está querendo me dar uma talhão em mim, já. Puta que tu fudeu. A gente estava patulhando a Avenida João Ramalho, lá em Mauá, e a gente está passando quando a gente olhou no contrafluxo, uma moto no meio da via, aí é uma via rápida lá, e bem em uma curva. E aí a gente olhou e falou: Cara, essa moto está aí, mano, esse aí vai dar acidente. Até pensou que era rouba, alguma coisa, aí nós vimos pessoal mais para frente assim. Aí a gente foi e fez o retorno na via, e é longe o retorno, fizemos o retorno. Quando a gente volta lá, a gente pega a moto no meio, pronto para causar acidente. E a gente já tem essa experiência que vai causar, se deixar ali alguns minutos, a gente até morte, globiar. Vai dar trabalho para vocês também, não é? Sim, a gente pensa na questão da vida, também. Exatamente. Tem cara de moto, o cara bate ali, cai e se mata. Principalmente. Aí a gente olha o pessoal na frente quando vem casal discutindo. Aí começou eles discutindo quando chega. Aí eu falei para o cara: Aquela moto ali é sua, é Tira aquela porra lá, meu.

[00:01:01]

Vai, caralho. Não, tira aquela porra lá, caralho. Você vai quer matar os outros? E ele ficou meio... Você sabe quando o cara fica meio... Vai, caralho, tira essa porra dessa moto, meu, você não está entendendo? Você quer matar os outros. Seus Zetê, lá do caralho. Vai, porra. Aí ele ficou, sabe quando o cara fica travado? Aí, beleza. Aí ele veio e a mina saiu andando. Fiquei esperando ele tirar a moto. Falei: Você está moscando, Jô? Você vai deixar o bagulho aí, você mata os outros, velho, por causa de briga com mulher, você é louco? Se a menina quer embora, ele falou: Ah, não, ela desceu da moto, quer embora sozinha, não vou deixar ela ir sozinha. Falei: Mas vai do lado com a moto, você vai deixar a moto no meio da via? Você é louco? Não, aí beleza. Aí tal, orientamos ele, aí ele pegou e falou: Não, eu estou fazendo concurso, Eu falei: Já está começando bem já, meu. Seu Zé Ruel. Puta que pariu, nem escutei ele terminar de falar. Falei: Vai, mano, vai lá atrás da sua mina lá, e já era, vai deixar ela sozinha aí também. E aí, beleza.

[00:01:56]

Aí, a gente viu que não estava agressivo, não estava nada, estava meio que conversando, ele foi acompanhando a minha namada na mina, a gente marcha, fomos embora. Aí, beleza. Passado alguns meses, no final do ano passado, a gente foi apoiar uma ocorrência. Inclusive, acho que tinha uma polícia envolvido na ocorrência. A gente chegou lá, era tipo acidente de trânsito sem vítima, chegou lá para atender a ocorrência, no apoio. Aí começamos a trocar a ideia. Aí eu falei: Conheça aquele cara de algum lugar. E a gente tem isso, que você meio que marca a cara da pessoa. Ah, que eu sou ruim de nome, mas que o nome eu nem perguntei para ele, só dei uma estarrada. Inclusive, ele deve estar assistindo esse bobinhada. Aí, beleza. Começamos a trocar a ideia com outro cara que estava envolvido. Aí, beleza. Conheço aquele cara. O Costa, você não conhece aquele cara ali? Aquele cara ali é familiar. Aí a gente lembrou. É o da ocorrência lá, meu. Da moto. Da moto. Eu falei: O Diô, não era você que estava no baguio da moto lá? Mas brincando mesmo, na boa. Ele falou: Era, pô, tal, não sei o quê.

[00:02:53]

Aí adivinha onde que o cara está agora? Acho que é primeiro ano do Barro Branco. Puta que pariu, mano. Falou: Quero me formar, vou aqui vir aqui para o Maruá para trabalhar com vocês aí. Falei: Não, beleza, chefe, seja bem-vinda. Me desculpa por tudo. Seja bem-vindo, chefe. Não, seja bem-vindo. Vou voltar você para mandar nas motos. O senhor sabe. O senhor que está assistindo, é isso? O senhor queindo foi sem querer, foi sem maldade. A gente estava avisando o líder. Não, mas.