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Era foda. O Mara mandou aqui, matou o ladrão com a própria arma dele. Tentativa de assalto, voltando para casa depois do trabalho. Foi depois do trampo?

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Na verdade, não foi depois do serviço, mas aconteceu isso daí. Dei essa sorte aí também.

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Conta para nós, seu Zuco. Você estava de trampa ou estava indo para casa?

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Estava na frente da minha casa. Cara, mas você estava saindo ou chegando? Não, eu estava de folga nesse dia. Ah, estava de folga? Esse dia, tudo aconteceu pouquinho. É...

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Ah, tem dia que é folha. Não, é... Tem dia que é foda.

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Não, é. Tem dia que Esse dia eu lembro bem, acho que foi em 2013, 2014. Eu estava... De manhã, eu fui sair com o meu carro, a gente ia fazer churrasco na loja de amigo meu, aí fui lá para a loja dele, tal, a gente foi buscar outro amigo com o meu carro. E aí ele foi dirigindo o meu carro, a gente foi passar... Estamos passando farol, a moto furou o farol, deu de frente no meu Mano, cena incrível, a moto saiu em pé, o cara pulou da moto, a moto saiu em pé, foi direto, estava atravessando casal e uma criança de mão dada, os três assim. Aí a moto virou de lado bem perto deles assim e fez strike nos caras, na família, que a criança, eles voaram, voaram. Caralho. A criança voou em 1,5 mètre de altura. E aí na hora, já desci do carro, já fui na criança para ver como que estava. Poxa, eles bateram o poeiro assim, não aconteceu nada. Graças a Deus, aí não... Graças a Deus. E aí, voltei, a gente se acertou lá com o motoboy, ele viu a merda que ele fez. E eu tenho uma agonia, meu carro...

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Fiz uma raladinha no carro, fiz alguma coisa, eu já quero levar para arrumar e... Não aguento ver o carro batido. Eu também sou cusco. Eu fiquei com a impressão que todo mundo vai falar que vai falar que vai sobrar, eu já levei para arrumar tudo, fiquei já desenrolando o dia todo isso aí. E a gente acabou até fazendo o churrasco, falou: Agora já foi, faz aí tal. Aí, deu dado momento, falei: Vou embora, isso já era tarde, eu tinha saído, era 6:00 da manhã de casa, e quando eu dei umas 7:00 da noite, eu falei: Vou embora, tudo tal. E aí ele foi me deixar em casa, ele me deixou em casa. Quando a gente estava... Uma rua, antes de entrar na minha rua lá, a minha mãe me ligou. Morava com meus pais e hoje voltei a morar com eles também. Ela me ligou, falou: Meu, toma cuidado, vem com Deus. Falei: Não, mãe, já estou Eu vou me sentar na rua de casa aqui. Toma cuidado. Parece que mãe sente, velho.

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Mãe é embaçada, irmão.

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E aí eu entrei na rua, ele me deixou exatamente em frente de casa. E aí quando eu fui para entrar em casa, eu já ia entrar. A hora que eu fui para entrar, eu falei: Poxa, estou sem a chave, a chave ficou dentro do carro, tinha deixado o carro para arrumar. E nisso, vizinho já puxou o assunto comigo: E aí, matei, não sei o que, e tal. E estava descendo o pessoal da escola, estava descendo as menininhas, fiquei conversando com ele. E na época, eu eu estava respondendo processo e eu não tinha arma particular, então eu estava desarmado. Aí eu estava sem camiseta conversando, estava calor, a rua agitada. Aí nisso, veio uma mulher e parou o carro bem na frente da minha garagem e ela parou o carro, era uma Montana, a pícada, eu acredito que era uma Montana, posso precisar com certeza absoluta, e começou a chamar minha vizinha, que é parede com parede lá com a gente, uma vizinha é casa de aluguel, eu não sei nem quem que é a vizinha, começou a chamar lá, já morou monte de gente lá no quintal lá, começou a chamar a vizinha, e nisso...

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Então, a gente estava no portão, O cara com a moto chegou, eu ganhei a cena, muito importante ganhar antes. Se estivesse armado, ele já tinha se fodido, mas aí eu tive que virer de costa, ele começou, veio em mim, começou falou para me entregar a chave, falou que tinha perdido tudo. Falei que o carro não era meu, ele viu que era da mulher, a mulher estava chamando minha vizinha, e quando ele falou, ele se ligou que era a minha, a dona do carro. Ele começou a falar com ela e eu acho que ela pensou que o cara estava mexendo com ela. Não sei se ela ganhou que era roubo ou se ela até ganhou que era o roubo e ficou disfarçando. Ela ficou gritando. E você vê que ela estava fingindo que não estava vendo tudo. E eu olhei ele falando com ela, ele apontando a arma para mim e virando a cara para falar com ela. Eu falei: Esse ladrão está vacilando.

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Deu vacilo.

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E pertinho de mim assim, não é?

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Porra, mano.

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E aí, ele apontou a arma e virou a cara. Aí apontando a arma e virou a cara. Na hora que eu ganhei a cena, falei: Agora. Fui e grudei na arma, já tomei a arma dele, luta corporal, deu monte de tiro nele, o piloto da moto já saiu vazado. Ele tomou acho que uns dois, três tiros, deu uns dois passos para trás, aí ele viu que ia se foder e tentou voltar de novo para cima. Ele era grandão, meio forte, aí caiu. E infelizmente, infelizmente, acabou... Porra, mano... Deixando a vovó, deixando a vovó.

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O filho de vó deixou a vovó. Caralho, meu, porra, mano. E aí... E que ano que ele estava? Estava com 38?

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38. 38 bonito para caramba. Porra, mano. Novinho, novinho. E aí, naquele meio, na hora que deu os tiros, você fica meio aéreo, e eu nem percebi. A mãe entrou dentro do carro e, olha, marcha.

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Manou marcha.

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Aí os policias chegou. Nesse dia, inclusive, meu irmão estava de serviço. Primeira aviatura a chegar no QTH foi o meu irmão. Copiou na rede, liguei o 9:0. E aí quando ele viu a rua de casa, numeral de casa- Já pensou em você na hora, mano. Já pensou merda, meu viu? Veio chutado, eles estavam na companhia, a companhia perto de casa lá. E aí veio direto, foi a primeira viatura a chegar, chegou junto até com as outras viaturas. E nisso, é legal você ver depois, você vai ver nos detalhes. A minha mãe escutou tudo, e ela ficou travada na cama, falou: Mataram o meu filho. Ela falou que já estava sentindo esse sentimento ruim, que eu dei ênfase no começo, ela falou: Eu estava sentindo que ia acontecer uma coisa. E aí quando eu ouviu os disparos, eu fiquei travada na cama, não conseguia E até chamei ela, depois que eu baleiei o cara lá, o cara caiu no chão lá, eu liguei o 9:00, comecei a apertar a campanha para ela sair, não sair, não sair, não sair, não sair. Falei: Vou pular o portão, meu. Aí chegou as viaturas. Eu não lembro se o meu irmão abriu o portão da minha casa com a chave ou se eu pulei o portão.

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Eu acho que eu pulei o portão para poder ver. Você deve ter pulado, irmão. Eu acho que eu pulei o portão. Aí fui ver, ela estava na cama lá.

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Ele fica preocupado.

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Aí ela tomou até susto quando me viu lá. O que aconteceu? O que aconteceu? O cara tentou me roubar tal, tal, tal, tal, mas estou bem.

[00:07:01]

O que você fez? Eu matei.

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O que você fez? Você estava onde? Você estava lá fora, fazendo o quê? Matei. Meu pai trabalhava na época, meu pai agora é aposentado, na época, ele trabalhava e ele chegava mais ou menos nesse horário. O cara está ligado, mais de 20 viaturas na rua, todo mundo lá. Imagina o velho lá que viva- Não, aí eu peguei e falei: Já vou ligar para ele. Meu pai é cardíaco, de repente, chega infarto, velho... Porra, mano. Aí, fudeu, meu. Falei: Poxa, o que é que eu vou fazer?. Aí liguei para ele e falei: Poxa, fica tranquila, aconteceu uma ocorrência aqui, o cara já falei: Vou mandar logo a real. Falei: Eu vou falar eu, pessoalmente, que é para ele já não...

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Exatamente, para ele já não ligar que é que...

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Não, não querem me falar nada, tal. E aí eu falei: Estou bem, o cara tentou me roubar aqui, pedra para ele, pedra, papel, tesoura, caiu a pedra do vansagem.

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Pedra, lápiz.

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Aí, madeira, o que você achar melhor? E nisso, falei para ele, falei: Poxa, vem tranquilo, está cheio de viatura, aqui você vai ver de longe. Eu liguei o telefone, meu pai desceu em ponto que tinha que subir, é tudo Morro, Lazzaira, não sei se vocês conhecem, mas é só Morro. Ele desceu, foi na Avenida, que é o mais rápido, e veio correndo. Chegou lá quase morrendo, infartando. Porra, esbafurindo. Falei: Poxa, eu ainda liguei para você para te avisar. O que foi?. Eu já te falei. Já tinha te falado por telefone o que foi. O cara tentou roubar e, infelizmente, foi para o.