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Edeleine Moreira causou na Pinta Silva quando foi recolher a moto do ladrão, favela virou e ela que administrou.

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Eu acho que Edeleine é uma puta policial, viu? Trabalha no dia lá, no terceiro pelotão, trabalha muito bem. Pensa numa magrela que trabalha muito bem essa menina. Acho que esse dia ela estava no meu pelotão, acho que ela estava cobrindo. Ela era desse pelotão, foi embora, já estou tentando ver se ela volta, mas está difícil. Volta, bebê. Mas esse dia foi isso mesmo, fomos prender a moto. Eu trabalho, eu gosto de trabalhar muito com trânsito.

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Alô, Castro.

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Aí você fala: Mas você não gosta de trabalhar com ladrão? Gosto. Por que eu não vou recolher a moto dele?

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Você está errado. Não, aí é o trânsito. Aí é o trânsito raiz.

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Aí é o trânsito raiz. Aí a polícia falou assim: Pô, mas essa gente vai ficar mexendo com trânsito, tem que ficar esperando o guinte, tem que fazer BOPM.

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Atrasar o lado do ladrão, porra.

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Fala, cara, é isso aí. Opa, pô. Boa, ótima. Então a gente não consegue entender o poder que você tem. Ou você acha que levar para o DP, ele embora daqui cinco minutos, vai atrasar o lado dele? Nada. Agora, ele gastar lá no pátio, multa...

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Ele embora a pé, não tem coisa melhor. É maravilhoso. Eu olhava assim vendo ladrão embora com o capacete na mão, indo embora. Era lindo, maravilhoso, menino.

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Maravilhoso, não é? Para mim é satisfatório. Aí você fala assim: Ah, mas é porque gosta de trânsito. Não é. É porque é a arma que a polícia me dá e que eu consigo trabalhar. E esse dia foi muito interessante.

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Garante que você não faz isso com o trabalhador. Não. Só com ladrão, pronto.

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É isso aí. A gente vai trabalhar em cima daquilo que tem que trabalhar. Exatamente. Esse menino mesmo. A gente chegou lá a moto dele com a placa coberta. Gente, por Deus, eu estava abordando outro cara, eu nem estava olhando ele. Eu nem estava olhando ele. Sabe o que ele fez? Me desce com a moto na frente da viatura e volta. Ele achou que eu não ia atrás. Amor. Fui, não é? Fui. Ele falou assim: Não, você não vai tirar a moto daqui. Só que naquele momento, a gente esperar o guincho naquele local era perigoso para as equipes que estavam apoiando. Então, eu solicitei apoio na rede e eu não tinha como esperar o guincho ali, porque era muita gente garrafada, estava tendo baile, enfim, então a gente optou por, nesse momento, salvaguardar a integridade física dos polícias e retirar a moto pouco mais adiante. Aí veio todo mundo para cima, foi receba para todo mundo, mas a gente cumpriu o que tinha para cumprir.

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Tinha que cumprir, não é?

[00:02:21]

Mas graças a Excelências Policiais que estavam lá. O.