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O que chama como?

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Os caras queimam.

[00:00:02]

Isso, isso, isso. Não tem não.

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Não, aqui não. Aqui não tem ainda não. Não chegou essa modalidade. Não, lá no Rio. Essa modalidade ainda não chegou.

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Lá no Rio tem bastante óbito assim.

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Então, os caras pegaram o morto assim e sentou ele, o outro pegar nas pernas e colocar. Quando sentou, ele deu aquele... Aí o policia que estava com a gente recrutinha...Sontou, saiu. Entrou... Meu, deu pinote.

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O que aconteceu? Agora você entende que fez o deslocamento. No momento em que fez o deslocamento. O momento em que sentou ele, os gases se deslocaram e subiram. Mas a pessoa que não tem conhecimento, ela vai criar inúmeras coisas.

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Porra, mano, cara, deu pinote, deu pinote. Acontece com o enforcado também, não é?

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Sim, exatamente. Quando tira a línia, quando eu tirei ele do local, aí a pessoa fala: Fala do grito da morte. Acontece também, nós temos instrumento chamado vara trocadora, que é instrumento de ponta de lança que a gente faz a aspiração, toraco abdominal. A gente tira gases, retira tira líquidos e tudo. E geralmente quando a gente está aspirando, às vezes ela encaixa na traqueia. Se ela encaixar na traqueia, ela está puxando, ela é aspiradora, ela puxa o ar de fora para dentro. Então quando passa ali pela corda vocal, ele emite som. Então as pessoas falam que é o grito da morte. E aí me fazem o quê? Filmam só a boca do cadáver, fazendo esse som, e colocam lá que o cadáver está gritando e todo mundo acreditou. Ou são gases E diz que você faz a compressão e os gases saem e ele emite esse som, ou é a própria vara trocadora que encaixa ali na traqueia e vai puxar o ar de fora para dentro e vai emitir esse som também. Então é bom a gente saber sobre a morte. A gente precisa desmitificar a morte, perder o medo dela.

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Tira todas as dúvidas, tirar tudo.

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Cadáver chorando, o que significa? O pessoal fala o cadáver está chorando porque alguém não foi no velório dele. O cadáver está chorando porque ele não queria morrer. O cadáver está chorando porque o irmão não veio, aí vamos lá.

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Deixou a mulher bonita.

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É, deixou uma esposa bonita, quer embora, deixou filhos. Às vezes você tem parentes que mora lá na Bahia, vamos supor, uma está em Bahia, outros locais, lá onde a Bruna mora, Mato Grosso do Sul. E aí a pessoa às vezes não tem condições de vir para o velório, perde irmão, está longe, não vai dar tempo. Aí depois a pessoa liga para aquela pessoa e fala: Olha só, você não veio? Ele estava chorando. Olha o que uma pessoa vai causar na outra. Pelo amor de Deus. Olha o sentimento de culpa que a pessoa vai causar, porque ele disse assim, ele estava chorando no caixão, porque você não veio. Às vezes a pessoa não veio porque não tinha dinheiro, não veio porque não poderia vir. Aí a gente entra e fala o quê? Eu vou falar para você: Castro, Danilo, o que está acontecendo aqui? O corpo está desidratando. Todo o cadáver passa pela desidratação. E nós temos o quê? Dutos lacrimais. E geralmente, por esses dutos lacrimais, vão passar o líquido que o corpo já está dispersando. E aí pode acontecer desse líquido escorrer. Cadávem não chora. A gente chora, a gente muda, mexe toda a musculatura, isso é choro.

[00:03:10]

Então, isso que está acontecendo. Ele é fenômeno... É só o líquido mesmo? É fenômeno da própria morte. Isso causa na família grande... A pessoa fica totalmente pensando em milhão de coisas, milhão de coisas quando isso acontece.

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Já viaja, não é? Exatamente. A Nina Rodrigo, Josi, fala da preparação de grávida.

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Meu Deus. Só porque eu não gosto de falar.