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[00:00:00]

O que você lembra de falar: Mano, não acredita que isso está acontecendo comigo, mano? Rapaz...

[00:00:09]

Cuaça engraçada em delegacia? É. Bichu, vou ter que lembrar aí.

[00:00:15]

Vai puxando aí, tem mais coisas aqui.

[00:00:16]

Vou puxando.

[00:00:17]

Opinião dele sobre o caso da Porsche, o que aconteceu e o que ele acha que deveria acontecer.

[00:00:26]

O da Porsche, eu falei lá no meu canal também, falei lá no Instagram, fiz vídeo, expliquei direitinho. Aquele negócio da Porsche foi errado demais, cara. O cara, ele vem em alta velocidade, então aquilo ali é dólar eventual. O dólar tem dois tipos de dólar, o dólar direto e o dólar eventual. O dólar direto é quando eu dizer eu quero, o cara saca a arma e dá tiro em você. O dólar eventual é o cara apontar uma para você, mas eu não quero atirar, só que o meu dedo escorregou e atirou. Vamos supor, bateu na arma e deu disparo acidental. O dólar eventual, pô. Ele assumiu o risco de de provocar o resultado. É isso? Você está no Avenido e você mete não sei quantos por hora no carro. Você não está assumindo o risco de aparecer carro na frente ou atravessar na rua alguém está atravessando a calçada, a rua, e você atropelar? E você pensa o quê? Tanto faz, meu negócio é correr. Então ali é dolo, é dolo. Aquele cara tem que para júlio popular responder por homicídio. Vou responder por homicídio. Bateu, parou lá, chegou os PM, atendeu a ocorrência. Com certeza, esses PMs estão respondendo a bronca deles, porque não deveria ter liberado para mãe.

[00:01:37]

Não deveria ter liberado o cara para mãe. Você tem que esperar e falar: Não, nós vamos levar ele, porque nós vamos ligar para o delegado e dá para você fazer, ele vai soparar o bafômito? Não, não vou soparar o bafômito. Então você vai deixar tirar sangue? Não, não vou deixar tirar sangue. Então eu vou levar você no ML e médico do ML vai fazer o chamado de exame clínico, vai mandar você andar daqui para lá, daqui para cá, fazer uns exames, vai olhar o seu olho, ver se está com o olho vermelho, hálito, como é que você está com as ideias confusas, como que você está, entendeu? Você tem como médico legista identificar sinais de embriaguez da pessoa, entendeu? Ele tinha que ter sido submetido a chamar de exame clínico. Bafômito ou sangue, ele não ia fazer, porque ele é instruído, filhinho de papai, ele ia saber que ia soprar bafômito e nem dar sangue, porque ia dar positivo. Só que, você não vai dar nada? Está bom, mas eu vou te passar no ML. Vai lá no ML que tem médico de plantão lá e o médico vai olhar você. E chega lá na frente do médico...

[00:02:32]

E aí pode fazer isso? Pode, pode. Se ele falar não... Não, ele não pode se recusar. Ele vai lá e o médico vai fazer umas perguntas para eu: Qual é o seu nome? Nota que ele fala o nome, o médico já vai saber. Meu nome é... Entendeu? E aí, que aconteceu? O médico está olhando do jeito dele. O médico fala: Olha, apresenta sinais clássicos de embrayage, tipo andar cambaleante, ideias confusas, hálito etílico, é esse os termos que é usado. É isso que ele vai falar. Isso tinha que ter sido feito. Isso não foi feito. Agora, o que mais chama atenção nesse caso é o pouco caso com a família da vítima. Porque se o cara tem dinheiro e matou pai de família que estava trabalhando, vai dar uma força lá para o cara, você tem uma posta que custou milhão. O que custa você dar uma ajuda para o cara lá, para a família? Chegar para a família e falar: Eu sei que isso aqui não vai trazer ele de volta, me desculpa, mas vamos dar uma força aí. Não quer chegar? Manda o advogado ligar, manda o advogado lá.

[00:03:33]

Você está sabendo pela média que ele ofereceu salário mínimo.

[00:03:36]

Então, vai dar salário mínimo, está tirando. É, pelos meses aí, sei lá. Entendeu? Um salário mínimo? Isso aí ele ganhava muito mais como Uber. Não é assim. Tinha que dar pelo menos o dinheiro da poxa. Essa poxa é milhão. Se tiver seguro, quando o seguro pagar, eu vou dar milhão para vocês aí. É isso aí. Tem que começar nessa pegada aí. Se não, você não está... E pedir desculpa pelo amor de Deus. É isso aí, o cara está... Não. O negócio da ocorrência foi... Só que é o seguinte. É isso que eu falo. Se fosse Ninho na quebrada, a ocorrência seria tratada diferente. Agora, como é rico, playboy, poxa, a ocorrência foi tratada de uma maneira bem mais suave. Isso aí eu não admito, eu acho que o rico e o pop têm que ser tratado do mesmo jeito. Isso.

[00:04:23]

Bom, não é, mano? Ter a opinião de delegada para explicar se fosse você atendendo a ocorrência ali.

[00:04:30]

Se fosse eu, eu ia pedir para fazer o exame clínico e atuar em flagrante por homicido doloso. Fácil. Homicido doloso, aguentar, mandar ele para a audiência de custódia no outro dia. Se o juiz quiser soltar no outro dia, solte no outro dia, mas vai para custódia.

[00:04:44]

Falando em audiência de custódia, o cara mandou aqui, Mateus Andrade, o que o delegado acha da audiência de custódia?

[00:04:51]

Uma merda.